Notícias

2012 - Ano Internacional da Energia e das Cooperativas, promulgado pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência, e Cultura.

                                                         Pedro Wilson Guimarães

"Podemos crescer não somente pela individualidade, mas em conjunto cooperando com todos pelo bem maior, pois a constante evolução do homem depende e muito da força do cooperativismo" (autor desconhecido)

Por Pedro Wilson Guimarães

Na luta pelo desenvolvimento econômico e social solidário, sustentável precisamos de energias renováveis. E de cooperação, cooperativas, consórcios, associações, igrejas, de muitas ajudas. Entreajudam? Precisamos de participação nos campos, territórios, e cidades. Participação positiva, ativa, consciente, organizada de todas as pessoas interessadas. E necessitadas de bens e serviços para sua cidadania, conforto, dignidade, melhoria crescente e ascendente na condição humana e social. A organização de grupos, ONGs, comunidades, associações, consórcios e principalmente cooperativas de mútuos fins e interesses tem ajudado muitos lugares e grupos de pessoas nos campos e territórios rurais e cidades a se desenvolverem. E assim criando mais e melhor condições de trabalho, produção, feira, distribuição e consumo de bens e serviços para uma vida digna de bem e bom viver e conviver neste Brasil do século XXI.

As cooperações/cooperativas têm sido meios, ferramentas para levar grupos, famílias, e comunidades a terem condições de acessos para melhorias sociais. E mais produção coletiva, distribuição de renda, partilha eliminação da fome, miséria, pobreza. Assim são bem vindas políticas públicas e comunitárias que entreajudam homens e mulheres a se organizarem em cooperativas e associações para terem mais chances de melhorar de trabalho e de vida. E terem mais casa, saúde, plantações, economia/feira solidária, educação, equipamentos agrícolas, costura e bordados, fiação, mutirões, folias. E terem mais financiamentos públicos e comunitários (bb,cef,bndes, bancos do povo, miserior, cese, caid, fase, ibase). E terem mais treinamentos/capacitações, alfabetizações, agentes populares/defensores públicos, (universidades, ejas, ongs, ibrace, inesc, cese, escolas da cut, mec, ses, igrejas, mda, secretarias municipais próprias, cpt, cimi,cebi,cursos de verão, com cesep, mst, mpc, consaúde. E mais, terrritórios da cidadania, assentamentos rurais e urbanos). E temos milhares de iniciativas e experiências sociais comunitárias produtivas, comerciais e de consumo que utilizam das ferramentas das cooperativas para bem produzir, distribuir, trocar, morar, ter conforto, liberdade e solidariedade. E assim bem viver, bem conviver como pessoa, como família, como comunidade e mesmo como sociedade. É o caso da agricultura familiar que no Brasil alimenta dois terços da população urbana e rural. E quando tem união, organização, cooperação, informação, comunicação e articulação estas associações e cooperativas tem mais oportunidades de financiamentos rurais. Maior acessibilidade, ao programa Minha Casa Minha Vida, e maior valorização da vida humana.

Mais e melhores convivências sociais, acessos a equipamentos para mais produção. Para melhor trabalho e mais conforto na vida, no lar, na terra, na água, na cidade, na floresta, na plantação, no quintal, nas folias, nas celebrações e nas reuniões sociais. E também nas festas e alegrias, e esperanças de um mundo melhor hoje e amanhã. Cooperativa já (COOPBM, AHDM, HABITAR, CONSTRAC, Fórum Estadual pela Habitação e Direitos Humanos, Ecosol, Coprec, Cooperativas Rurais, OCB, Comigo, Créditos, Cooperativas de Reciclagem, Habitacionais, Colégio Rudá, Coopecigo, Cottonsul, Sescoop). Cooperativismo, educação cooperativa?

É preciso incentivar a criação e manutenção de cooperativas para a produção de alimentos, roupas, artesanatos, medicina popular, educação popular, música, artes, poesias, cultivares, cursos. E para viagens para novos conhecimentos e aprendizados. E para novas experiências vitoriosas de ações cooperativas populares em outras regiões. Uma ação contínua pode e deve entreajudar e muito no combate a pobreza, extrema pobreza.

Pode e deve dar o peixe, bolsa família, mas têm que ofertar oportunidades de estudos/alfabetizações, trabalhos e capacitações para jovens e adultos. E trabalho, moradia, saúde, e condições de bem viver. E bem conviver nas comunidades para todos os homens e mulheres, ameríndios, quilombolas, pescadores, agricultores, criadores, empreendedores, produtores, trabalhadores, professores, artesãos, doceiras, fiandeiras, extrativistas, parteiras, agentes populares de saúde e educação social. Assim é preciso que haja políticas públicas e comunitárias que favoreçam o surgimento de cooperativas e o seu funcionamento para o desenvolvimento sustentável com autonomia, responsabilidade, democracia, participação, educação popular. E para tanto precisamos usar de meios abertos como conferencias, conselhos, comitês, comissões, grupos de trabalho, assessorias, documentação legal e social, reuniões e articulações para os êxitos. Para os feitos e as vitórias de todos participantes. Cooperativas já!

Pedro Wilson Guimarães- Foi professor da UFG e PUC-Goiás. Prefeito e Vereador de Goiânia. Deputado Federal de 1993 a 2011 (PT-Go). Militante dos Movimentos de Direitos Humanos, Fé e Política, Educação, Cerrados e Participação Social E: mail pwguimaraes@yahoo.com.br