Entrevistas

Entrevista com o Presidente da AHDM


 Jordaci Vieira de Matos






O Presidente da AHDM - Associação Habitacional em Defesa da Moradia e Meio Ambiente, Jordaci Vieira de Matos, natural de Goiânia, onde viveu toda a sua infância. Foi aluno do Liceu de Goiânia, e posteriormente ingressou na Universidade Salgado de Oliveira, onde iniciou o curso de Direito, o que não concluiu, por questões pessoais.  

Militante político desde a juventude, tendo iniciado sua militância ainda na comunidade de base da Igreja Católica no setor de Vila Nova, onde residia. Foi filiado ao PMDB na década de 1970, tendo permanecido até 1980. A partir de então se filiou ao PC do B, tendo participado ativamente das bases do partido até o ano de 1999.

Sua atuaçãoaconteceu também junto ao movimento estudantil, intitulado Fremes (Frente de Reorganização do Movimento Estudantil Secundarista). Participou também do UMES – União Municipal dos Estudantes Goianos, e do Comitê Goiano de Anistia.

Com o tempo, ele focou sua militância na área de reforma urbana, onde atuou como Secretário Geral da Associação dos Moradores do Jardim Guanabara. Em seguida foi diretor do CCAB – Conselho Consultivo da Associação dos Bairros do Município de Goiânia. Nesta época foi também Diretor da FEGAM – Federação Goiana das Associações de Moradores.

Jordaci, além das diversas atividades que acumula, exerce pela terceira vez consecutiva o cargo de Diretor Nacional da CONAM- Confederação Nacional das Associações dos Moradores. Foi membro Conselho Municipal de Habitação de Goiânia. Membro do Conselho Municipal de Habitação do Município de Sidrolândia em Mato Grosso do Sul. E é Membro do Conselho Gestor de Habitação Estadual de Interesse Social em Goiás.

Ele participou ativamente das quatro primeiras Conferências Municipais, Estaduais e Nacional de Habitação. É Presidente da AHDM – Associação Habitacional em Defesa da Moradia e Meio Ambiente, desde sua fundação em 2005.

Jordaci Vieira de Matos, 53 anos, casado com Maria Soares Cavalcante desde 1988, que também é empresária na área de habitação, com quem tem duas filhas.

A experiência adquirida como militante enquanto jovem, proporcionou um amplo conhecimento das politicas públicas em habitação, e a desenvoltura de um eficiente trabalho a frente da AHDM – Associação Habitacional em Defesa da Moradia e Meio Ambiente, atuando como Gestor do Programa Habitacional Crédito Solidário em todos os municípios.

Como gestor deste programa, Jordaci Matos, entregou 526 unidades habitacionais pelo Programa Crédito Solidário. Em seguida mais 300 unidades habitacionais pelo PSH – Programa Social de Habitação de Interesse Social. Em 2009 ele coordenou 1547 unidades habitacionais pelo Programa MCMV sub-50.

Aqui conversamos um pouco com este gestor de políticas públicas habitacionais, que acumula uma grande experiência no setor, onde desenvolve suas atividades.

AHDM- O que o levou a atuar na área das políticas habitacionais e correspondente financeiro, junto aos Programas Habitacionais?

JM- Essa atuação foi acontecendo gradativamente à medida que as experiências foram se acumulando, através da Coordenação dos Programas Credito Solidário, e do PSH – Programa Social de Habitação, onde a partir de então fui convidado a coordenar o Programa MCMV Sub-50 em Goiás representando os Agentes Financeiros.

AHDM - Qual sua visão das políticas públicas junto ao setor?

JM- Após a primeira eleição do Presidente Lula, criou-se o Ministério das Cidades, em seguida a partir da 1ª Conferencia Nacional de Habitação, elabora-se o Plano Nacional de Habitação, que se tornou um marco na politica habitacional brasileira, é onde se define a criação dos planos municipais e estaduais de Habitação – Logo que ocorreu a 1ª Conferência Nacional de Habitação, foi eleito o Conselho Nacional de Habitação, o qual delibera as politicas nacionais de habitação, e ainda em consequência da Conferência Nacional das Cidades, organiza-se e elegem as Conferências Estaduais e Municipais onde são deliberadas as politicas públicas de habitação. Para um país onde nunca havia sido discutida a habitação, as atuais politicas habitacionais, resultaram em um grande avanço nas politicas públicas de habitação. 

AHDM-Quais os objetivos da AHDM e seu Presidente, em que visam o futuro?
JM - Este ano foi definido que estaremos a frente do PMCMV sub-50, no estado de Goiás,em parceria com os municípios e o governo do estado de Goiás. Já no segundo semestre, entraremos com alguns projetos juntos a Caixa Econômica Federal, com o Programa MCMV - Sub-50, como entidade organizadora, em parceria com os municípios e o governo do estado de Goiás.

Continuamos mantendo contato com o Secretário de estado da Habitação e Cidades do estado do Mato Grosso do Sul, Carlos Marun Xavier, no sentido de voltarmos a executar o PMCMV entidades também no estado do Mato Grosso do Sul, o que deverá ocorrer ainda no segundo semestre.

AHDM - Quais os fatores que dificultam hoje a atuação das instituições que fomentam as políticas habitacionais, na gestão e solução das mesmas junto aos agentes envolvidos?

JM- A desinformação, e a falta de experiência na gestão destes programas são as principais dificuldades.

AHDM - A AHDM tem um bom relacionamento com os órgãos públicos que atuam junto ao desenvolvimento das políticas habitacionais, no país e estados em que atua?

JM- Sim, a AHDM, possui hoje relações no âmbito do Ministério das Cidades, e junto a governadores estaduais, a exemplo do governo do estado do Mato Grosso do Sul, e governo do estado de Goiás, e ainda, com mais de cem municípios no estado de Goiás, além de manter um excelente relacionamento com parlamentares que atuam junto às comissões habitacionais em vários estados. 

AHDM - E qual é a participação da AHDM, junto às entidades correlatas, e o Conselho Gestor de Habitação?

JM - Ajudar a formular e articular a politica estadual de habitação.

AHDM - O que você entende por habitação sustentável?

JM- O tema habitação sustentável, esta relacionado diretamente as políticas públicas específicas, e estas ainda não foram formuladas. A partir destas políticas, haverá uma significativa redução em déficit habitacional, e melhor qualidade das habitações, o que irá proporcionar a esses moradores, melhores custos na manutenção de seus imóveis, redução de consumos, a exemplo de energia, água, e outros. E consequentemente, melhor qualidade de vida, as cidades que implantarem estes sistemas de habitação. 

Ascom: Dinalva Heloiza